Foi com essa Campanha, “não esqueça a minha Caloi” que a centenária fábrica de bicicletas Caloi invadiu a casa de milhões de brasileiros. Qual criança na década de 80 e 90 não sonhava em ter uma bicicleta Caloi? Praticamente toda criança e adolescente desejava ter uma.
Mas para chegar nesse ponto de se tornar sonho de consumo de muitos brasileiros a Caloi passou por muitas fases e desafios ao longo do século XX.
Bicicletas Caloi: O início de tudo
Foi no final do século XIX, por volta do ano de 1898, que Luigi Caloi, juntamente com seu cunhado, Agenor Poletti, um hábil mecânico, desembarcaram no Brasil carregados de sonhos e planos. Vindos da Itália, tiveram contato com o mundo das bicicletas que estava em franca ascensão na Europa, principalmente na França e na Itália.
Inicialmente o plano era importar peças e bicicletas da Europa para Brasil. Por isso, fundaram a Casa Poletti e Caloi. Com isso, por muitos anos mantiveram um fluxo constante de mercadorias, que abasteceu o país por muitos anos. Luigi, nessa época, era representante da Bianchi, uma importante fábrica de bicicletas italiana.
Segunda geração no comando das bicicletas Caloi
Todavia, em 1924, a morte de Luigi Caloi, marcou o fim da primeira geração da empresa Caloi. Com sua morte, assume o controle da empresa seus filhos, Guido, Enrique e José Pedro, que passa a ser chamada, Casa Irmãos Caloi. Porém, pouco tempo depois Guido ficou sozinho e o nome do negócio mudou para Casa Luiz Caloi.
Guido Enfrentou muitos desafios nos anos seguintes, mas o pior deles foi o início da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Esse acontecimento afetou contundentemente as importações, e o fluxo de peças e bicicletas da Europa estava interrompido.
Foi então que, em 1942, Guido começa a produzir as suas próprias peças de reposição. Apesar da gerra ter sido um grande impacto nos negócios, abriu uma porta sem precedentes para a história das bicicletas Caloi. Pois foi em 1948, que surge a primeira fábrica de bicicletas do Brasil, registrada como Industria e Comércio de Bicicletas Caloi.
No entanto, no ano de 1855, Guido Falece encerrando a segunda geração das empresas Caloi.
Terceira Geração
Com a morte de Guido Caloi, assume a empresa Bruno Antônio Caloi. Apesar de ser o último da sua geração a comandar a Caloi, foi no seu comando que a Indústria de bicicletas ganhou o Brasil e o mundo. Foram mais de 30 anos de expansão e sucessos. Dentre esses vários sucessos, podemos destacar alguns deles, como: as bicicletas dobráveis que surgiram em 1960. Além das bicicletas dobráveis, outro grande sucesso e que marcou uma geração foi a Caloi 10, em 1972.
O crescimento da Caloi era notório e crescente, tanto que, em 1975, foi inaugurada uma nova fábrica, na zona franca de Manaus. Nessa nova fábrica, passou a ser produzido outro ícone da Caloi, a Mobylette e que mais uma vez marcou gerações.
Outro lançamento que deixou a garotada empolgada, foi o modelo Caloi Cross Extra light, no ano de 1983. Vale destacar que o BMX carimbava o seu passaporte no Brasil na mesma época.
Bicicletas Caloi no cenário internacional.
O crescimento e dimensão da Caloi foi tamanho que, na década de 90, a empresa aterrizou no mercado norte-americano, com uma subsidiária na Flórida. Para se ter uma ideia dessa importância, a Caloi em 1996 patrocinou o heptacampeão Lance Armstrong, na antiga equipe Motorola/Caloi.
Entretanto, como toda historia de sucesso, existem os altos e baixos e no final da década de 90, a empresa começou a entrar em crise, sobretudo pela concorrência das empresas chinesas. Em agosto de 2013 a canadense, Dorel, comprou 70% das ações da empresa brasileira. Em 2017 a Dorel comprou o restante das ações e se tornou a única detentora das bicicletas Caloi.
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